“E quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda
a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a
Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto.” Lucas
19:37
Cristãos e religiosos em geral costumam colocar um fardo muito
pesado sobre os ombros, como se a responsabilidade cristã fosse
incompatível com a alegria, a espontaneidade ou a felicidade.
Analisando pessoas de bem, religiosos no geral, dedicados a obras
beneméritas e sociais, de cunho espiritualista ou não, em muitos destes
casos parecia que o trabalho havia deixado de ser algo prazeroso para
se tornar um peso. Muitos proíbem a música, o riso, o sorriso
espontâneo, as demonstrações de alegria mais efusivas, com a
desculpa de que as questões espirituais exigem seriedade. Meu Deus!
Como ignorar as alegrias da vida que a vida cristã produz e provoca
naqueles que se dedicam à causa de Cristo? Alegria é coisa séria.
Muitos ateus ou pessoas ditas do mundo apresentam uma alegria
contagiante, preferia eu, muitas vezes conviver com eles a compartilhar
da aparente seriedade ou rabugice dos que pretendem seguir a Cristo
com amargura no rosto. Há necessidade de levar alegria a multidão de famintos espirituais em qualquer lugar.
Como disse antes, alegria é coisa séria. Nada impede que transformemos os momentos em que nos reunimos
em um encontro de fervor, louvor ou mesmo rogativa através da música. E não só através disso, sobretudo,
alegria é estado de espírito que exala de cada alma em que é profunda a gratidão pela vida. Ser cristão e
permanecer rabugento? Deus me livre!
Viver no mundo sem deixar-se tocar pela alegria ou sem deixar que alegria exale de sua alma é viver de
maneira a dar testemunho contrário ao Evangelho que abraçamos. Representamos um reino que é apresentado
como sendo uma boa-nova, uma mensagem de alegria, esperança, e é com essa alegria que nos cabe exibir, no
mundo, a imagem de um Cristo jovem, alegre, envolvido com o destino terreno.
Trecho extraído do livro “Pelas ruas de Calcutá”, pelo espírito de Madre Teresa, por Robson Pinheiro. Com
adaptações